Suzy Miranda, presidente do Sindicato dos Guias de Turismo de Mato Grosso diz que a morte do estudante poderia ser evitado
“A falta de um guia de turismo profissional em minha opinião foi a principal causa da morte por afogamento do jovem estudante de 14 anos ocorrido na cachoeira Véu de Noiva, em Chapada dos Guimarães”, argumenta a presidente do Sindicado dos Guias de Turismo de Mato Grosso (SGTMT) Suzy Miranda.
O estudante Daniel Hiarle Arruda de Oliveira, de 14 anos, foi encontrado morto no final da noite desta segunda-feira (6), em uma das cachoeiras perto do Véu de Noiva, em Cachoeiras de Chapada dos Guimarães (67 km ao Sul de Cuiabá), após se afogar durante uma aula de campo, promovida pela Escola Estadual Welson Mesquita de Oliveira – antiga Escola Pascoal Ramos.
Segundo Suzy Miranda, a liberação ao público em geral no dia 22 de novembro último, fez com que as visitas aos locais turísticos da Baixada Cuiabana aumentasse em volume. “É inconcebível a visita a esses locais sem a presença de um guia profissional. Nossos guias são capacitados, recebem cursos de primeiros-socorros e de salvamento, todos estão preparados para qualquer tipo de risco ao ser humano. As professoras não estão preparadas para administrar aulas de campo aos alunos, ainda mais jovens. Isento elas de qualquer responsabilidade, mas faltou uma orientação mais precisa por parte dos responsáveis”, argumenta.
Ainda de acordo com a presidente do SGTMT, Suzy Miranda, tem turista que chega ao Portão do Inferno e chega bem próximo do precipício para fotografar, é um risco enorme que ele coloca em sua própria vida e de quem está próximo. É preciso sempre estar acompanhado do guia, que conhece bem a região e as trilhas que dão acesso aos locais de visitação sem nenhum risco as pessoas.
“As escolas sempre que programam aulas de campo pedem apoio ao sindicato, desconheço o que aconteceu dessa vez. É lamentável o que ocorreu nesse final de semana. É uma fatalidade. Endereço os meus votos de pesar aos familiares e amigos do jovem que veio a óbito e que fatos como esses não aconteçam mais”, frisou.
A Polícia Civil foi acionada por volta das 20h30, pelo padrasto da vítima, que estava na escola cobrando informações sobre o paradeiro do menino. Ele foi informado pelos colegas de turma que Daniel desapareceu durante a aula de campo, realizado no Circuito de Cachoeiras.
Lá, os policiais conversaram com os professores responsáveis pela aula, bem como outros servidores que também estiveram presentes. Equipe do Corpo de Bombeiros e Polícia Civil foram acionados e as buscas tiveram inicio na localidade turística.
Conforme divulgado pelo Corpo de Bombeiros, o chamado para o caso foi recebido às 18h30, onde foram colhidas informações sobre a localidade em que o grupo se encontrava, bem como o último local onde o adolescente foi visto, conhecido como ‘Cachoeira da Praia’.
Foram 5 homens da equipe de resgate mais um cão de busca, que trabalharam cerca de 5 horas. O trabalho só foi finalizado por volta das 23 horas.
Mergulhadores realizaram buscas por cerca de 3 metros de profundidade, onde o corpo do adolescente foi encontrado. Perícia Oficial foi acionada para o caso. O corpo do menino foi levado para o Instituto Médico Legal (IML). Daniel completou 14 anos no último dia 1º de dezembro.
