Atualmente, o país tem um contingente de 707.903 estagiários, maior parte na região Sudeste. Em 2023, a expectativa é de alta de 8,3%
Um levantamento do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) aponta uma expectativa de crescimento de 13,3% nas vagas de estágio até o fim de 2022. A projeção também é positiva para o ano que vem, quando está prevista uma alta de 8,3%.
O aumento é motivado pela quantidade de contratações contidas por causa da pandemia de Covid-19 e que começam a ser retomadas. No entanto, para especialistas, a expectativa é de que somente a partir de 2024 os números cheguem aos níveis pré-pandemia. Em 2018, o país registrou um crescimento de 15,7% nas oportunidades.
A pesquisa, feita pela consultoria Tendências, estima um contingente de 707.903 estagiários em todo o país. A maior parte se concentra na região Sudeste (298.492), seguido do Nordeste (156.202), Sul (135.424), Centro-Oeste (72.833) e Norte (44.952).
Em relação ao perfil socioeconômico dos estagiários, o estudo indica que 40,4% são das classes D/E, com renda mensal domiciliar de até R$ 3 mil. Outros 37,7% são estudantes da classe C, que têm renda familiar de até R$ 7,2 mil.
Áreas que mais contratam
As áreas que mais contratam são as de atividades jurídicas, contabilidade e auditoria, pré-escola e ensino fundamental, órgãos da administração pública a nível estadual e municipal, e instituições de ensino superior.
“Esses jovens buscam oportunidade de estágio não só como fonte de inserção no mundo do trabalho para conhecimento e bagagem prática, mas também para colaborar na renda familiar”, afirma Mônica Vargas, superintendente Nacional de Operações e Atendimento do CIEE.
O índice leva em consideração os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
