Os profissionais da rede municipal de educação de Cuiabá decidiram, em assembleia geral realizada na tarde de ontem, rejeitar a contraposta feita pela prefeitura na última sexta-feira (28). Com a decisão, a greve
da categoria entra hoje (03) no terceiro dia. Cerca de 800 pessoas participaram da assembleia.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da capital (Sintep Subsede Cuiabá), mais de 90 dentre as 160 unidades, entre creches, centros infantis (Cmeis) e escolas do fundamental, estão com as atividades paralisadas. A estimativa também é de que 75% dos 10 mil professores e técnicos aderiram ao movimento grevista.
“A decisão foi tomada por que ela não contempla a reivindicação da categoria, que está pleiteando 4% e só foi apresentado 2,5%. A categoria rejeitou a proposta do prefeito Emanuel Pinheiro, mas reforçamos que estamos sempre abertos ao diálogo. Qualquer hora que o prefeito chamar para conversar, nós estamos prontos para reunião”, afirmou o presidente do Sintep/Cuiabá, João Custódio. “A decisão foi por unanimidade. Não teve nenhum voto contrário ou abstenção”, reforçou. O resultado da assembleia seria comunicado ainda ontem à prefeitura.
Os trabalhadores da rede estão em negociação com a prefeitura há dois meses. Eles decidiram paralisar as atividades, em assembleia realizada no dia 26 de setembro passado. A pauta de reivindicação da categoria é composta por nove itens. Um deles é o reajuste de 7,5%. O prefeito Emanuel Pinheiro já havia garantido na folha de julho o percentual de 3,5%. Então, faltam os 4%.
No documento encaminhado ao Sintep pela prefeitura na sexta-feira passada, além do percentual já aplicado, de 3,53% relativo ao RGA, o executivo se comprometeu em dar mais 2,5% à título de ganho real, a ser aplicado a toda a categoria. Segundo a administração municipal, esse percentual será pago da seguinte forma: 1,0% no mês de dezembro e o restante, 1,5% no mês de janeiro de 2019.