Presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso criticou o serviço da concessionária de energia elétrica no Estado, que está com a concessão próxima ao fim
Foto: Tony Ribeiro/TCE-MT

Conselheiro Sergio Ricardo é o presidente do TCE-MT
O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sergio Ricardo, criticou a qualidade dos serviços prestados pela Energisa e afirmou que a concessionária de energia elétrica não cumpre as obrigações previstas no contrato firmado com o Governo do Estado.
“É de péssima qualidade a energia fornecida pela Energisa. A Energisa não obedece ao que está no contrato de 30 anos de concessão. Há trinta anos que ela recebeu essa concessão e ela não obedece”, disse o conselheiro.
O tema está sendo discutido em razão da proximidade do fim do contrato de concessão para a empresa, que é de 30 anos e vence em 2027. A questão é que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem até abril de 2026 para decidir se o contrato será renovado por mais 30 anos ou não. Até lá, a Assembleia Legislativa deve se posicionar sobre o tema.
Sergio Ricardo, que já presidiu o Legislativo Estadual, atribui ao serviço considerado ruim pela concessionária o fato de Mato Grosso ser um “estado desindustrializado”.
“Aqui em Cuiabá, no próprio Distrito Industrial, a energia elétrica é de péssima qualidade. Pouquíssimos municípios no estado de Mato Grosso têm energia trifásica. Não tem como uma indústria se instalar se não tiver energia trifásica. Não tem como Mato Grosso se desenvolver se não for pela industrialização que gera emprego. A Energisa tem grande culpa no fato de o estado ser um estado sem indústria”, acrescentou.
O conselheiro ainda fez uma correlação entre a desindustrialização do estado com o avanço da pobreza em Mato Grosso. “Temos que pensar no futuro, porque o estado não vai para lugar nenhum com a concentração de riqueza e a distribuição da pobreza. Mato Grosso é um estado rico e cada vez mais pobre. A pobreza de Mato Grosso está se transformando em miséria”, afirmou.
“Só em Cuiabá e Várzea Grande nós temos 80 favelas. Então, Mato Grosso tem que dar uma virada de chave. Nós temos que criar oportunidade industrializando Mato Grosso e criando oportunidade”, encerrou. (Aparecido Carmo/Do Repórter MT)





