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WELLINGTON FAGUNDES – “Protagonismo brasileiro no campo se deve à medicina veterinária”

Wellington Fagundes PRMT 1 - O EsportivoA contribuição veterinária para a segurança alimentar e o controle de doenças foram destacados nesta segunda-feira (18), durante sessão especial do Senado que homenageou instituições e personalidades relacionadas à medicina veterinária. Autor do requerimento, o senador Wellington Fagundes (PR-MT) disse que grande parte do sucesso da agropecuária brasileira se deve ao segmento.

“Sabemos que precisamos avançar mais, ocupar os espaços e confirmar a realeza da ciência médica que se dedica à prevenção, ao controle, à erradicação, ao tratamento de doenças, além de atuarmos no controle da sanidade dos produtos e subprodutos de origem animal para o consumo humano”, apontou.

Segundo ele, somados aos agrônomos e zootecnistas, os médicos veterinários ajudam o país a ser uma solução para o mundo, um dos maiores exportadores da proteína animal, e o setor está intimamente ligado à saúde pública do brasileiro.

A sessão comemorou os 110 anos da criação da Diretoria de Indústria Animal, os 36 anos da Academia Brasileira de Medicina Veterinária (Abramvet) — com destaque para o presidente, professor Milton Thiago de Mello — e os 99 anos da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária (SBMV).

Segundo o senador, a honraria recebida por essas pessoas, através de suas instituições, simboliza o esforço de milhares de outros profissionais, “reconhecendo o fundamental papel por eles desempenhado na construção da parcela do País que funciona e que tanto nos orgulha”.

No ano passado, o Brasil recebeu certificação de país livre da febre aftosa nos rebanhos. Segundo o presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Francisco Cavalcanti de Almeida, e o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Flávio Bettarello, o novo status sanitário, que facilita a comercialização de produtos de origem animal, demonstra a importância do trabalho dos médicos veterinários.

“Nossos auditores fiscais dentro do ministério e nossos médicos veterinários espalhados por todo o Brasil asseguram os mais elevados padrões de inspeção e sanidade. Isso é fundamental para garantir que a nossa reputação e imagem internacional possam espelhar essa excelência” — afirmou Bettarello.

O vice-presidente da SBMV, Josélio Moura, conta que o Brasil erradicou a peste bovina em 1921 após menos de um ano de ação, porquanto o mundo levou 300 anos para fazê-lo.

“O mesmo aconteceu com a peste suína africana: o Brasil em quatro ou cinco anos erradicou completamente a doença, após exaustiva vigilância epidemiológica ativa, enquanto a Europa – somente na península Ibérica – levou mais de 50 anos para fazê-lo. Países como a China estão com esta doença em seus territórios, então há uma preocupação no mundo e o Brasil pode ensinar a como erradicar estas enfermidades”, assegurou Josélio, que é ex-ministro da Integração.

Com 103 anos, mais de 80 de profissão, o presidente da Abramvet, Milton Thiago de Mello, foi saudado por suas pesquisas e outras contribuições para a medicina veterinária. Para Mello, que é pesquisador e ex-professor da Universidade de Brasília, a relevância da área é cada vez maior, tendo em vista a necessidade de garantir segurança alimentar para o planeta. Ele afirmou que o alimento será a moeda do futuro.

“A população do mundo está aumentando e vai continuar a aumentar, e ela precisa de comida. E só quem tem capacidade de produzir comida nessa escala planetária, para os 10 bilhões de habitantes para o fim do século (no momento, estamos com 7,5 bilhões), é o Brasil” disse.

A primeira médica veterinária diplomada do nosso país, dra. Alzira de Souza, recebeu homenagem in memoriam, sendo representada pela médica veterinária Rosália de Meirelles.

Ela afirmou que o papel do veterinário é motivo de orgulho, “na melhora da qualidade dos alimentos que estão disponíveis à população e no crescimento da balança comercial”.