A secretária de Estado de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, fez um apelo aos professores do Estado, que entram em greve a partir da próxima segunda-feira (27).
Ela pediu um voto de confiança na gestão do governador Mauro Mendes (DEM) para que ele regularize a situação financeira do Executivo e, então, conceda os benefícios aos profissionais.
“Este é o mesmo momento que estamos vivendo: 150 dias de gestão e não obstante haja um desejo do Governo de valorizar seus profissionais, não temos, hoje, as condições necessárias para se pagar um aumento salarial”, afirmou a secretária.
“São 150 dias de gestão e precisamos de um voto de confiança para que possamos colocar Mato Grosso em uma situação de liquidez econômica e de capacidade de reconhecer o que precisa ser reconhecido: que é a valorização dos profissionais da educação”, disse.
Marioneide afirmou ainda que o governador Mauro Mendes não tem como atender aos pedidos neste primeiro ano de gestão, mas que é desejo do democrata conceder benefícios à categoria. E lembrou que ele, inclusive, já abriu algumas exceções, como o pagamento das licenças-prêmios – atualmente congeladas para os servidores.
“Nós avançamos em algumas outras situações, como na licença-prêmio. Para os profissionais da Educação foi garantido, porque temos vários processos de aposentadoria. Para liberar os professores que estão na previsão, vou ter que desembolsar R$ 4,4 milhões. Se não liberar hoje, e isso virar um resto a pagar lá na frente, vou gastar R$ 16 milhões. Então, é melhor liberar agora”, afirmou.
“Nenhum gestor quer passar sem cumprir um dos quesitos básicos, que é a valorização profissional. Na Prefeitura de Cuiabá, o Mauro Mendes deu 64% de aumento para os profissionais da Educação. No primeiro ano, passamos pela mesma situação e enfrentamos uma greve de uma semana. Porque aquele era um momento de organizar a casa. Depois, ele concedeu os benefícios”, completou.
A categoria decidiu, em assembleia geral realizada na segunda-feira (20), iniciar uma greve e afirmou que o movimento é resultado das ações do Governo em relação à Revisão Geral Anual (RGA), ao escalonamento salarial e ao descumprimento da lei que prevê a dobra do poder de compra nos salários dos professores.
Além dos pedidos referentes à remuneração e à lei da dobra do poder de compra – aprovada em 2013 na gestão do ex-governador Silval Barbosa, e que dá direito a 7,69% a mais anualmente na remuneração dos professores, além da RGA, durante 10 anos -, a categoria pede pelo fim do escalonamento salarial, pela realização de um concurso público e para que o Governo faça um calendário para melhorar a infraestrutura das escolas.