VINICIUS CASTRO
Da Uol/Folhapress – Rio

Enquanto busca reforços no mercado com o objetivo de capacitar o elenco para 2019, a nova diretoria do Flamengo vê Diego se transformar no maior mistério para a próxima temporada. Os jogadores se reapresentam no dia 2 de janeiro, mas até agora não se sabe o futuro do camisa 10.
Com contrato até julho de 2019, o meia soma propostas e lida com a cobiça de clubes do Brasil e do exterior. Santos, Internacional, São Paulo, Cruzeiro… Todos, em algum momento, circularam no noticiário como interessados no futebol do jogador de 33 anos.
De fora do país, ele tem sondagens de clubes do Oriente Médio e da Major League Soccer, dos Estados Unidos. São algumas possibilidades para a sequência da carreira.
O Santos foi quem avançou com maior firmeza para tentar contratá-lo. Essa e outras propostas, inclusive, são de conhecimento do clube. O Alvinegro ofereceu o seu teto salarial ao jogador (entre R$ 350 mil e R$ 400 mil).
Além disso, a cúpula da Vila Belmiro avisou que aceitava pagar luvas diluídas nos vencimentos mensais. Na conta dos santistas, eles estariam dispostos a gastar até R$ 600 mil por mês. No Internacional, a amizade com o diretor executivo Rodrigo Caetano aparece como um ponto importante em possível futura discussão.
A questão é que Diego ainda tem mercado, e o Flamengo também aguarda a manifestação dos seus representantes sobre uma saída imediata, principalmente em razão de o jogador ter pela frente seis meses de contrato com o clube.
A discussão sobre uma renovação segue estacionada. A diretoria eleita vê o caso com ressalvas, e uma extensão de vínculo aparece como escolha distante no momento. No entanto, Diego está nos planos imediatos.
“Ele tem contrato em vigência. É acima da média. O Flamengo conta com qualquer jogador desse nível. Vamos conversar quando ele retornar das férias”, afirmou o vice-presidente de futebol, Marcos Braz.
Diego parabenizou o presidente Rodolfo Landim recentemente pela vitória na eleição, mas não falou mais sobre o seu futuro. A única vez foi no dia 22 de novembro, quando deixou a dúvida no ar e, para muitos, já antecipou uma possível despedida.
“A minha intenção é retribuir até o último dia. Não sei mais quanto tempo, se fico até o final do contrato. Vai ter o momento certo de falar sobre isso. Tenho compromisso até julho e enquanto estiver aqui vou me dedicar”, disse, na ocasião.
O fato é que, no atual panorama, o Flamengo não tem a convicção de que o camisa 10 ficará no elenco, mesmo com contrato em vigor. No cenário ideal, os dirigentes esperam a resposta sobre o impasse o quanto antes. Caso contrário, a reapresentação terá um tema fundamental a ser tratado.
AEM PACIÊNCIA
Vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz foi empossado na quarta-feira na cerimônia para diplomar o presidente eleito Rodolfo Landim. Após o evento, o dirigente conversou com os jornalistas e falou sobre os reforços para 2019. O atacante Gabigol, da Internazionale de Milão, foi o principal assunto.
O desejo de contar com o jogador foi admitido, mas os altos valores envolvidos se tornaram um entrave considerável. Se quiser contar com o atleta, o Flamengo sabe que precisará de dinheiro e paciência.
“A posse foi hoje [quarta-feira], assumimos e o jogo começou agora. A Inter pagou muito caro no Gabigol. Custou R$ 25 milhões de euros. Ninguém paga isso. É uma situação dificílima. Ele tem contrato em vigência e vamos aguardar para saber o final dessa situação. É claro que é um jogador que eu gosto muito, artilheiro do Campeonato Brasileiro, mas temos que esperar”, afirmou.
Marcos Braz também garantiu que não fez proposta pelo zagueiro Miranda e que o objetivo da nova diretoria é contratar reforços de peso. Questionado se Willian Arão seria transferido para o São Paulo, o dirigente bateu o martelo. “Não sai do Flamengo”.
Como o presidente Rodolfo Landim só poderá assinar contratos a partir do dia 1º de janeiro de 2019, o anúncio de reforços ainda em 2018 não deve ocorrer. Braz pediu calma aos torcedores.
“Ninguém quer contratar mais do que eu, mas prefiro a pressão da torcida e da imprensa a contratar de forma precipitada. Trabalhamos com responsabilidade para encontrar os nomes certos. Já já é Natal. Muito difícil. Vamos ver”, encerrou.