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EX-JOGADOR – Atacante por um ano, campeão pelo Tricolor de Várzea Grande em cima do rival Alvinegro

Eurides Roberto Costa aos 17 anos marcou dois gols na final do mato-grossense de 1971 a favor do Operário contra o Mixto. Roberto França era o técnico do Tricolor Várzea-grandense

 

Eurides b - O EsportivoO servidor público lotado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eurides Roberto Costa, 67 anos, ainda não aposentado, e sim do futebol precocemente aos 17 anos, primo irmão do jornalista e apresentador Augusto Roberto (programa Resumo do Dia com Roberto França), filho do comerciante e um dos fundadores do Clube Esportivo Operário Várzea-grandense, Lindolfo Simão da Costa e de dona Célia Antunes da Costa, conta que herdou do pai o talento para jogar futebol, só que não teve a mesma sorte que o pai. “Meu pai tinha talento, era o camisa 10 do Operário, não tinha outro igual”.

“Minha carreira de jogador foi de tiro curto. Eu jogava no Operário, jogava não, treinava e recebia 200 cruzeiros por mês enquanto tinha os jogadores de fora que ganhavam até 8 mil cruzeiros e não jogavam nem a metade que eu jogava”, relembra, sem no entanto, nenhuma mágoa. E na decisão do título do campeonato mato-grossense de 1971, deu na final Operário e Mixto. Eurides sempre ficava no banco e pouco jogava. Na decisão o Tricolor Várzea-grandense perdia de 1 a 0 para o Mixto e a torcida presente gritava ao técnico Roberto França que colocasse o jovem Eurides no jogo.

O técnico Roberto França sempre foi de opinião própria e tinha pulso firme. De cara amarrada não queria aceitar a exigência do torcedor. Foi até que um torcedor mais afoito foi na cara do Roberto França ‘implorar’ que tirasse um dos medalhões em campo o colocasse o jovem de 17 anos. Tinha até olheiros do Corinthians e do Botafogo do Rio presente na final. O falecido Rubens dos Santos era presidente do Tricolor Várzea-grandense e disputava com Júlio Campos a Prefeitura de Várzea Grande.

O Corinthians e o Botafogo do Rio estavam interessados em contratar o jovem talento, mas o presidente Rubens dos Santos havia dito que já tinha sido negociado com o clube carioca, mas a diretoria queria que fosse para o Timão. E começou o desentendimento entre os diretores e acabou não dando certo a negociação. “Eu mesmo sem ser titular gostava do Operário. Fui convidado também para jogar no Mixto ao lado de Bife, não deu certo”, conta.

Na decisão do mato-grossense de 1971 de tanto o torcedor insistir com o técnico Roberto França para a entrada do Eurides no jogo, ele acabou cedendo. “Roberto França era durão. Tinha opinião própria, mas o time estava perdendo de 1 a 0”, lembra. O jovem atleta foi chamado pelo técnico e recebeu a instrução do treinador que era a única oportunidade que ele tinha de entrar em um jogo tão importante igual aquele e não queria ser decepcionado.

“Entrei e fui muito feliz ao marcar o gol de empate e não lembro quem marcou o segundo. Mas eu ainda marquei mais um e o Operário venceu de virada, 3 a 1, e conquistamos o título” conta com bastante alegria. Depois da finalização do campeonato teve início a um outro campeonato e na terceira rodada o jogador sofreu uma lesão no joelho direito. Foi consultar com o médico Joaquim Sucena, que constatou uma ruptura no joelho direito. “O médico disse que era uma lesão grave e precisava de cirurgia. Ficaria bastante tempo sem jogar. Operei o joelho e nunca mais joguei futebol. Até hoje minha perna direita ficou diferente da esquerda”, conta.

O atual servidor público da ALMT e aos 67 anos reside em Várzea Grande, é torcedor do Operário, amigo do ex-técnico Roberto França e também do médico Joaquim Sucena e curte seus dias de folga com os amigos na Cidade Industrial. “Sou uma pessoa feliz, que curto a vida, meus amigos, não deu certo no futebol, mas graças a Deus, eu posso dizer que venci na vida. Sou uma pessoa feliz, gosto muito do meu trabalho na Assembleia e tenho boas amizades lá e aqui em Várzea Grande. Vou levando a vida como posso”, finaliza.