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FLOR DO CAMPO – Grupo de Siriri Cuiabano participa de famoso Festival do Folclore de Olímpia

Do quintal de dona Matilde, com uma rica cultura popular, sinalizada como comunidade quilombola urbana em Cuiabá para São Paulo

 

Assessoria

Flor do Campo - O EsportivoDo bairro Parque Ohara à Olímpia. O grupo Flor do Campo, que salvaguarda a cultura popular cuiabana esteve em São Paulo levando o Siriri ao 59º Festival do Folclore da Estância Turística de Olímpia, com o patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel-MT).

O FEFOL é um dos maiores e mais famosos festivais do Brasil e o Flor do Campo foi um dos 40 grupos de pelo menos 15 Estados presentes neste encontro da cultura brasileira.

Foram 10 anos até o seu retorno à Olímpia, na mostra da FEFOL, entre os dias 5 e 13 de agosto, e agora o grupo Flor do Campo está de volta ao cenário dos grandes festivais nacional.

“Há 10 anos nós fomos também para Teresina (PI), Brasília (DF), Londrina (PR), e no interior de Mato Grosso, no município de São Félix do Araguaia. Depois de 10 anos para cá viajamos apenas para Tapurah (MT) e agora tivemos a grata satisfação de voltar ao Festival de Olímpia. Estamos muito felizes com o retorno e não vamos parar por aqui”, destaca Manoel da Silva, um dos integrantes do grupo, filho de dona Matilde, a matriarca da família que comporta um grupo com 40 integrantes, incluindo dançarinos, músicos e pessoal de apoio, de diferentes faixas etárias.

Comprometidos em levar a alegria e a tradição a todos os lugares por onde passam, a Associação Flor do Campo tem com a anfitriã dona Matilde da Silva, que comanda com maestria o grupo, levando essa energia contagiante com seu largo e belo sorriso.

O grupo é familiar, composto por 12 pares para o Siriri, cinco tocadores homens e cinco backing vocal, todas mulheres, que aproximadamente 41 anos dançam, cantam e tocam, com a batida da saia, o gingado do corpo e o pisado tradicional apoteótico! A raiz não pode ser deixada de lado para se fazer o bom Siriri! Esse é o lema do Flor do Campo, cuja identidade é a dança! Com fé e devoção a São Sebastião.

QUILOMBO URBANO

E recentemente foi sinalizada pelo Instituto INCA-Inclusão, Cidadania e Ação, como uma comunidade quilombola urbana, em Cuiabá, por meio das ações do projeto Ponto de Cultura INCA, onde tiveram mentoria pela presidente do INCA Cybele Bussiki para que o grupo chegasse a esse entendimento, com a ideia de fortalecer o grupo e mudar a realidade de sua situação social, em Educação e Renda, e fazer avançar em seus sonhos, além da cultura popular regional que já conhecem e sabem fazer.

Para isso contou com consultorias em Comunicação nas redes sociais, Jurídica, Educação financeira e de autossustentabilidade e salvaguardar desses grupos, com modelos de negócios viáveis aos gestores dos quintais, por meio da metodologia Canvas, com um profissional da Bahia, o arquiteto e urbanista baiano, Éraldi Peterson, que atua em comunidades que deram resultado, em seu Estado.

FLOR DO CAMPO

A associação Cultural Flor do Campo, é uma entidade civil, com natureza associativa sem fins lucrativos que atua no segmento da cultura popular, há 41 anos, tornando-se um dos Grupos mais tradicionais de Cuiabá.

Fundado por dona Matilde, legítima cuiabana, de 68 anos, que aprendeu a dançar o siriri desde criança, O Flor do Campo nasceu na região da ponte do Coxipó, cujos pais, irmã e os amigos Luiz Marques, dona Domingas, Antônia e seu Candi, mestres da cultura popular incentivaram a criação do grupo, na década de 80.

Por sugestão de seu Luiz Marques e por morarem mais afastados da cidade, o grupo recebeu o nome de Flor do Campo, que foi acatado por dona Matilde e sua gente, no 1982 e fundado oficialmente em 08 de março 1886.

Sua liderança feminina, negra e ancestral, mantém o grupo vivo e lutando pela tradição raiz, com a dança, a confecção do trançado afro, passado por gerações, e agora o samba pela filha Dani Silva.

“O Siriri mexe com a gente, é no batuque do tambor que dá movimento, isso é ancestral, por isso precisamos manter, porque é tão difícil continuar a lutar pela tradição”, ressalta do Matilde. (Beatriz Saturnino/Assessoria)