Para uma Fórmula 1 mais veloz, um autódromo mais reforçado contra acidentes. Interlagos seguirá essa lógica para, nos próximos meses, estar preparado para o Grande Prêmio do Brasil, em novembro. Até lá, a pista em São Paulo vai ganhar reforço nas barreiras de pneus, novas proteções para impacto em uma das curvas e ranhuras para prevenir o asfalto contra o acúmulo de água da chuva.
O novo regulamento da competição para 2017 alterou os carros e, por consequência, as pistas. As novas dimensões das asas, os pneus mais largos e mudanças aerodinâmicas possibilitam um ganho de velocidade estimado em até 50 km/h a cada curva, tempos de volta mais baixos e recordes de velocidade.
“Em função do aumento de velocidade, teremos em algumas áreas o aumento da estrutura de pneus, das barreiras e alguns ‘groovings’ (ranhuras) para melhorar a drenagem da pista em pontos que a FIA (Federação Internacional do Automobilismo) nos pediu”, explicou ao Estado o presidente da SPObras, Vitor Aly.
As intervenções de segurança feitas pela Prefeitura vão custar cerca de R$ 7 milhões. Segundo Vitor Aly, as obras começam nos próximos dias. “O combinado entre a organização e a Prefeitura é estar com tudo entregue um mês antes da corrida. Tudo está dentro do prazo”, afirmou. A prova deste ano, marcada para o dia 12 de novembro, será a penúltima do calendário.
A atualização da pista em parâmetros de segurança está confirmada pela organização da prova para pelo menos quatro curvas. Em três delas, no miolo do circuito, as áreas de escape vão ganhar fileiras extras de pneus para absorver possíveis batidas. Uma outra freada também pode ter a área de escape alterada pelo mesmo motivo.
Já na subida para a reta dos boxes, pouco depois da Junção, a mudança será o reforço de uma barreira de “soft wall”. Na impossibilidade de recuar o muro, que está bem próximo ao asfalto, o local vai ganhar essa forma diferente de segurança, criada nos circuitos ovais dos Estados Unidos.