Servidores públicos da saúde e educação de Várzea Grande protestaram, ontem (09), em frente à prefeitura municipal para cobrar a progressão na carreira, enquadramento e o pagamento de valores retroativos de direitos trabalhistas desde 2010. Equipes da Guarda Municipal e da Força Tática da Polícia Militar foram acionadas para acompanhar os manifestantes.
“Estamos num ato público e de mobilização que cobra resposta da senhora prefeita (Lucimar Sacre de Campos) que desde 2006 não apresenta nenhuma proposta para solucionar o grave problema dos prejuízos causados aos servidores”, disse a secretária de assuntos jurídicos do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep-VG), Maria Aparecida Cortez. Ao todo, 4.700 trabalhadores da educação e 700 da saúde cobram a regularização.
Este foi o segundo protesto em menos de dois meses. No dia 24 de abril passado, os servidores percorreram a Avenida Alzira Santana, na região central da cidade, também para denunciar a administração municipal.
Na ocasião, segundo os organizadores, os manifestantes foram barrados pela Guarda Municipal e pela Força Tática da Policia Militar que tentaram impedi-los de ocupar o pátio da prefeitura.
Após, foram recebidos pelo secretário de administração, Pablo Pereira, que prometeu uma resposta às reivindicações para o último dia 03 deste mês. O Fórum Sindical cobra a progressão na carreira e o pagamento de valores retroativos de direitos trabalhistas desrespeitados desde 2010.
Segundo as lideranças sindicais, alguns servidores vêm perdendo de R$ 250,00 até R$ 2.500,00 todos os meses com a falta de progressão de carreira.
“Com isso, a prefeita Lucimar Campos vem retendo do salário dos servidores em mais de R$ 1 milhão por mês”, aponta o presidente do Sintep/VG, Juscelino Dias de Moura. Uma greve geral dos servidores públicos do município de Várzea Grande não está descartada.
A prefeitura informou que existe uma comissão de negociação instituída por ato da prefeita, composta por sete secretários, da área econômica e administrativa, que está debruçada nos números e impactos.
Frisou ainda que existe uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT) quanto aos limites de gastos com os servidores, levando em consideração que em 2018 foram concedidos 20% de aumento para os cargos de nível superior e 15% para nível médio.
Garante também que, neste ano, os professores da rede pública municipal já obtiveram reajuste, seguindo a legislação do piso nacional do magistério.