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8 em cada 10 brasileiro não planejam sua aposentadoria

previdencia social - O EsportivoVocê já está planejando a sua aposentadoria? Tem idéia de como será sua renda quando gastos como os com medicamentos aumentam e mordem parte do orçamento? Se a resposta for não, saiba que, infelizmente, você não está sozinho.

A pesquisa O Preparo para Aposentadoria no Brasil, realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), revela um cenário preocupante para o futuro: oito em cada 10 brasileiros (pouco mais de 78%) reconhecem que não estão se preparando para a hora de se aposentar. Parte desse grupo, segundo a avaliação dos pesquisadores, sequer contribui com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Apenas 19,2% de quem não está aposentado está se preparando e, deste grupo, 30% paga somente o INSS. Há um pequeno grupo (2,5%) que respondeu que não cuida do assunto, mas que outras pessoas fazem isso por ele.

Os dados da pesquisa, divulgada em maio, indicam que cerca de 104,7 milhões de adultos acima de 18 anos não se preparam para esta fase da vida.

“Mesmo com a reforma da Previdência parada, é muito provável que as regras sejam alteradas em futuro próximo. O ideal é pensar em uma combinação entre a previdência pública, que é vitalícia, e uma preparação por conta própria, que comece cedo e seja constante ao longo dos anos”, alerta a economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Entre os que não planejam a aposentadoria, quase metade garante que não sobra dinheiro no orçamento. Mas a verdade é que, muitas vezes, o que ocorre é pura falta de interesse em fazer força e separar um valor fixo por mês. Mesmo contribuindo para o INSS, é aconselhável que todos invistam em uma reserva a mais.

“A reserva financeira precisa ser planejada e ter um hábito mensal. Até mesmo R$ 50 ou R$ 100 guardados todos os meses podem fazer enorme diferença quando consideramos um intervalo de tempo como 30 ou 40 anos poupando, por exemplo”, destaca o educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli.

INÍCIO – Não há consenso sobre o momento certo para se começar a guardar dinheiro para a aposentadoria. O ideal, destacam os especialistas, é que o trabalhador pense nisso desde o início de sua vida profissional. No começo da carreira, com salários mais baixos, a quantia destinada à aposentadoria pode ser ainda pequena, o que é normal. Mas isso não deve ser motivo para deixar para lá, insiste a economista chefe do SPC Brasil.

“De qualquer forma, quanto mais cedo a pessoa puder começar, melhor, para que o tempo de economia possa refletir positivamente no montante reunido. Ninguém precisa começar a poupar para a aposentadoria com uma quantia muito grande, que inviabilize outras metas”, diz Marcela.

E sobre onde guardar esse dinheiro, a reserva pode ser feita por meio da boa e velha caderneta de poupança, que traz segurança e facilidade para movimentação e aportes adicionais. Claro, a escolha pode não ser a mais vantajosa se a inflação ao longo dos anos não ficar sob controle. Independentemente da escolha para guardar dinheiro, um dos segredos para garantir um futuro mais tranquilo é não sacar antes do tempo. Isso pode zerar as economias e, muitas vezes, arcar com multas de saída e pagamento de mais Imposto de Renda.

Desde os 14 anos, Jorami de Figueiredo sabe o que é trabalhar. Vendia pipoca no final dos anos 1960 e, nos dias de semana, partia para outro ponto de movimento onde houvesse clientes para balas e rapadurinhas. Com muito suor, cresceu no ramo e chegou a ter restaurante e sorveteria. Hoje, aos 65 anos, o Tio Jora tem um carrinho de churros no centro de Cuiabá, mas ainda não se aposentou. Precisa contribuir mais dois anos para poder se aposentar por idade e garantir um salário mínimo de renda para o resto da vida.

“Pagava INSS uma época, depois parava. Por último, fiquei de 2000 a 2013 sem contribuir. Se eu tivesse me antenado mais novo, hoje já poderia estar aposentado, com uma renda maior. Eu costumo dizer que os meus dois maiores arrependimentos na vida foram não ter estudado e não ter pago o INSS”, diz o comerciante.

O ideal é pensar em uma combinação entre a previdência pública, que é vitalícia, e uma preparação por conta própria, que comece cedo e seja constante ao longo dos anos.