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Altas diárias dos combustíveis têm retraído consumo

posto583 - O Esportivo

A demanda por combustíveis caiu em Mato Grosso na passagem de agosto para setembro, conforme dados divulgados ontem pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O setor revendedor acredita que o freio no consumo, especialmente de gasolina e do óleo diesel, seja reflexo da nova política de preços adotada pela Petrobras que no final de julho passou a alterar diariamente os preços nas refinarias e na maior parte das vezes, as modificações impuseram altas aos derivados do petróleo.

Até setembro, conforme a ANP, as vendas de gasolina tipo ‘C’ no Estado somaram 46,56 milhões de litros, contra 51,73 milhões contabilizados no balanço de agosto. Entre um mês e outro o recuo foi de 10%. No diesel também houve redução, apesar de o Estado estar em pleno plantio da safra de soja, período em que o consumo do combustível aumenta consideravelmente. A queda é de 3,50%, com o consumo passando de 244,61 milhões de litros, em agosto, contra 236,05 milhões em agosto.

Os preços médios dos períodos ilustram o impacto das altas continuas sobre o preço de bomba. Em outro levantamento realizado semanalmente pela ANP é possível comparar as médias. Em setembro desse ano o valor médio do litro da gasolina no Estado foi de R$ 3,901 contra média de R$ 3,704 em igual mês do ano passado. No diesel o preço médio de setembro foi de R$ 3,528 contra R$ 3,315 apurados em setembro do ano passado.

O etanol hidratado, que não está na regulação de preços diários da estatal, sofreu queda no consumo, mas também é o único combustível que apresenta preço inferior quando comparado ao mesmo momento de 2016. De agosto para setembro o volume mensal de vendas passou de 59,55 milhões de litros para 57,84 milhões, recuo mensal de 2,87%. No caso do biocombustível, o volume de 59,55 milhões de litros foi o recorde de vendas para o mês de agosto de toda a série histórica da ANP. Maturação da moagem de cana-de-açúcar no Estado vai estabilizando os preços. As médias atuais estão abaixo do registrado em igual período de 2016. Em setembro, por exemplo, o preço médio do litro foi de R$ 2,394, ante R$ 2,447 em igual mês do ano passado.

Um gerente de posto de Várzea Grande avalia os números de duas formas. Na primeira, considerando as altas diárias da gasolina e do óleo diesel, os preços de fato vão afugentando as vendas. Em relação ao etanol, que deveria estar refletindo a migração da gasolina para o biocombustível, ele – que pediu para não ter o nome citado – acredita que a crise econômica e as incertezas em relação à movimentação de dinheiro até o final de ano, devem estar fazendo com que o uso dos carros seja mais racional, e por isso, o etanol, mesmo sendo opção contra às altas da gasolina não esteja com maior demanda. “Por isso estamos fazendo vendo algumas promoções, que nada mais são do que uma forma de fazer o dinheiro girar com maior facilidade para que as revendas possam cumprir com suas obrigações de início do mês, especialmente, pagamento de seus funcionários”.

EM NOVE MESES – Mesmo com a retração no consumo de combustíveis no último mês, o resultado acumulado do ano é positivo e revela vendas acima do registrado em igual momento do ano passado. Conforme o levantamento da ANP, o consumo de combustíveis no Estado, de janeiro a setembro, cresceu 2,4% em relação aos noves meses de 2016. Até o mês passado haviam sido comercializados 3,20 bilhões de litros contra 3,12 bilhões.

Ainda considerando o acumulado do ano, as três principais matrizes mostram saldo positivo, tendo a gasolina como destaque, ao apresentar a maior alta anual, 5%. Em nove meses o consumo somou 477,10 milhões de litros contra 454,53 milhões de litros no ano passado. O crescimento nas vendas se deu apesar de o saldo de setembro ter sido o pior em consumo do ano com 46,56 milhões de litros.

Com alta anual de 4,4%, o etanol hidratado fechou o período com comercialização de 464,27 milhões de litros contra 444,76 milhões no ano passado.

O óleo diesel teve alta de 1,4%, com o consumo atingindo até setembro 2,04 bilhões de litros contra 2,02 bilhões do mesmo intervalo de 2016.

PROMOÇÃO – Ainda ontem foi possível encontrar promoção no valor de bomba da gasolina e do etanol em Várzea Grande. Mesmo vendendo no preço promocional somente em dinheiro, o Posto 10, localizado no entroncamento entre as Avenidas Alzira Santana e Avenida Castelo Branco, em Várzea Grande, registrou intenso movimento durante todo o dia. O litro do etanol hidratado estava a R$ 1,99 e o da gasolina tipo ‘C’, a R$ 3,39. A promoção foi iniciada na última sexta-feira à tarde se estendendo até ontem. Para hoje, a oferta dos ‘novos’ preços de bomba ainda não estava definida, mas segundo os frentistas, poderia continuar.