Solicitação, que teve o aval do procurador-geral, André Luiz de Andrade Pozetti, agora aguarda parecer da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar e, se for aprovada, irá a plenário
A Procuradoria-Geral da Câmara dos Vereadores de Cuiabá julgou procedente o pedido de afastamento imediato do vereador Tenente Coronel Paccola (Republicanos) pela morte do agente do Sistema Socioeducativo Alexandre Miyagawa Barros, 41 anos, assassinado no dia 1º de julho. A solicitação, que teve o aval do procurador-geral, André Luiz de Andrade Pozetti, agora aguarda parecer da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar e, se for aprovada, irá a plenário.
A comissão deverá receber o procedimento já nesta quinta-feira (7), durante sessão na Casa de Leis cuiabana. A tendência é que o grupo, presidido pelo vereador Lilo Pinheiro (PDT) e composto por Adevair Cabral (PTB) e Michelly Alencar (União), também acate o pedido da vereadora Edna Sampaio (PT), feito na segunda-feira (3), dois dias depois do fato. Com isso, caberá aos 25 vereadores decidirem o futuro do parflamentar.
Informações de bastidores apontam que a tendência é que a maioria dos parlamentares acate a solicitação da petista. A ideia, inclusive, é defendida por Lilo, que explica que o afastamento de Paccola deverá trazer mais lisura às investigações do Legislativo cuiabano.
“Eu entenderia como um ato coerente dele. Mas é importante dizer que o afastamento não pode ser considerado uma covardia, mas sim uma atitude de alguém que quer a elucidação dos fatos”, disse Lilo, após reunião no Colégio de Líderes.
A comissão também analisará o pedido de cassação do mandato de Paccola. No entanto, o procedimento, que também foi impetrado por Edna, deverá levar mais algum tempo para ser apreciado pelo grupo. Como o recesso parlamentar inicia no próximo dia 18 de julho, é esperado que haja sessões extraordinárias para votar a pauta.
Vereador continua os trabalhos – Paccola revelou que vai continuar trabalhando e que estará na sessão ordinária desta quinta. Ele, no entanto, evitou comentar sobre a possibilidade de pedir afastamento. Anteriormente, o parlamentar explicou que tem discutido com a família e o seu advogado o seu futuro à frente da Casa de Leis. “Estou trabalhando normalmente. Amanhã (hoje) estarei na sessão”, disse o parlamentar.
