Antônio Olavo (míni Messi, como é conhecido), 15 anos, é cuiabano e assim como muitos adolescentes brasileiros busca a realização do sonho de ser jogador profissional de futebol com carreira internacional. Depois de “rodar” por vários times de base na capital mato-grossense e, até mesmo, ser convidado para ir para outros times em outros estados do Brasil, o atacante decidiu parar de jogar em times locais e focar somente em ir para os Estados Unidos. Então, conheceu a Next Academy, empresa de desenvolvimento pessoal através do esporte alinhado à educação da América Latina. Nesta entrevistado ele conta um pouco da sua história e seus planos para o futuro.
Desde quando você se lembra que se despertou para o futebol?
Bem, acho que foi dentro da barriga da minha mãe, rsrsrs. Ela conta que eu chutava muito e que quando estava grávida de mim, ela tinha escolhido o meu nome em homenagem aos meus avós, então seria: Antônio Ronaldo. Mas que pouco antes deu nascer ela pensou: “esse nome está com cara de nome de jogador de futebol!” Ai meus pais mudaram para Antônio Olavo. Mas eu sempre gostei de brincar com bola. Não fazia outra coisa a não ser brincar com bola.
Como foi o começo da sua carreira como jogador?
Comecei a jogar futebol mesmo aos 4 anos de idade. Na escola onde eu estudava (CNDL). Depois fui para a escolinha do Flamengo aqui em Cuiabá, e fiquei por uns 3 anos aperfeiçoando meus aprendizados e ganhando experiência. Foi quando nosso professor e técnico, Diego Henrique, juntamente com alguns pais, montaram um time oficial para participarmos de campeonatos. Nesta mesma época fui convidado por outros times como por exemplo o Mixto Esporte Clube, para também fazer parte da equipe. Jogava futebol de campo e futebol de salão. Aprendi muito com o professor Serginho Mineiro, sou muito grato a ele também.
Por ser muito novo, você foi muito cobrado?
Acho que por um tempo sim. Eu mesmo me cobrava muito. Teve uma época que eu jogava para uns 4 times diferentes ao mesmo tempo, eram muitos treinos. Isso forçou muito meu corpo físico, ao ponto de precisar fazer fisioterapia. E como eu era o menor da turma, isso também me exigia mais. Me lembro que por 2 anos fiz acompanhamento com endocrinologista e com nutricionista.
Você já recebeu proposta para jogar fora do estado do Mato Grosso?
Sim, meu pai morava em Goiania, então iamos passar férias lá. Em 2018, eu participei de um campeonato em Cristianópoles-GO, e fui convidado para jogar em Goiania, porém como eu era muito novo (12 anos), minha mãe achou que eu ainda não estaria preparado para me mudar.Então eu continuei jogando nos times de Cuiabá, e também representando os times da escola que estudava. Nesta época eu já estudava em outra escola (CIN), e recebi muitos conselhos e aprendi muito com meus professores e técnicos Marquinhos e Moa.
Por que você decidiu parar de jogar nos times locais?
Aqui em Cuiabá, ainda não se investem em jogadores de base. Quando eu jogava para o Mixto, por exemplo, não recebiamos nenhuma ajuda. Ainda temos muito pouco incentivo para os atletas, principalmente os de base. E mesmo tendo uma Arena Pantanal, nós, jogadores locais, mal somos convidados para assistir os jogos dos times profissionais. Não recebemos bolsa de estudo também, isso me frustou um pouco. Nos Estados Unidos é diferente, eles valorizam um estudante-atleta, investem nele. Existe um incentivo maior para o esporte.
Quando você decidiu parar de jogar nos times locais?
Mais ou menos na metade do ano de 2019 eu decidi parar de jogar nos times locais e foquei somente em ir para os Estados Unidos. Entretanto, devido a pandemia, os treinos e os jogos foram suspensos, e isso dificultou a ida para os Estados Unidos. Como o consulado do Brasil estava fechado, pensei até em desistir. Acredito que já era para eu estar lá nos EUA, mas a pandemia adiou meu sonho. Meu passaporte já está pronto, o que falta agora é somente encontrar a escola ideal e conseguir meu visto como estudante atleta.
Como você conheceu a Next Academy?
Foi em 2019, enquanto eu estava comprando um tênis em uma loja esportiva em um shopping da cidade, comecei a bater bola com uns colegas, e um dos franqueadores da Next Academy de Cuiabá, me viu e me convidou para fazer a seletiva. Ficamos um pouco desconfiados no inicio. Eu entrei em contato com ele e pedi mais informação sobre como funcionava a empresa e ele me explicou que ela dá o suporte para meninos que desejam estudar e jogar futebol nos EUA. Então, eu troquei uma ideia com meus pais e disse que se encaixaria muito com meu perfil, pois eu gostaria muito de fazer um intercâmbio esportivo e foi então que comecei a pesquisar mais sobre o assunto. Um mês depois, fiz a seletiva. Foi um bom jogo, eu era o mais novo e menor da turma, e por isso me apelidaram de “mini Messi”. Passei na seletiva e entrei na empresa e ai comecei a trilhar o meu caminho de estudos, em busca da realização do meu sonho.
Quais os seus planos para o futuro?
Eu sou muito disciplinado e focado, tenho um único objetivo: ser um estudante-atleta, e me tornar um jogador profissional. Para este ano de 2022, fiz o teste para estudar na Arena da Educação, uma escola que é vocacionada para o esporte, aqui em Cuiabá. Passei no teste e já estou matriculado. Mas espero, ser selecionadopor alguma escola americana, ainda este ano, e poder fazer o intercâmbio estudantil, de preferência nos EUA, pois quero, além do futebol, ter mais qualidade de vida e também propor isso à minha familia. Ainda sou muito novo para decidir muitas coisas, por isso confio que Deus tenha planos para mim e que tudo acontecerá no tempo de Deus. Enquanto isso continuo treinando e participando dos jogos realizados pela Next. Tenho alguns vídeos dos meus melhores lances no Youtube.
Seu carisma também é forte fora das quadras, você tem bastante seguidores no tiktok. Você lida bem com a fama, o que isso representa para você?
O tiktok é onde eu me distraio mais, mostro meu lado mais brincalão, acredito que seja por isso que consegui bastante seguidores. Pra mim é uma diversão e um forma também de conhecer novas pessoas, já que por conta da pandemia ficamos mais presos em casa. Não vejo como fama, sou tranquilo com relação a isso, pois a convivência com minha mãe que é jornalista, fez disso algo natural na minha vida. Sou muito grato pelo carinho dos seus seguidores.